Peça baseado no livro A Cabana.
A Peça teatral será realizada com 6 personagens que serão
Ricardo – Juiz
Sofia – Auxiliadora (Em todos os momentos Sofia ficará com a expressão séria sem dá uma risada e sem expressar nenhum sentimento)
Bia – Filha mais nova de Ricardo
Lucas – Filho do meio de Ricardo
Thais – Filha mais velha de Ricardo
Pedro – O motorista
A peça
iniciará com tudo apagado e Ricardo andando em um lugar escuro e vazio, onde
não terá ninguém, mas somente ele.
Ricardo não
entenderá onde está então ele começará a procurar por alguém.
Ricardo – Alô, tem
alguém ai?
Ricardo – Oooiiii!
Ricardo – Olá, alguém?
Depois de
procurar surgirá uma mulher vestida de branco iluminada por uma luz, Ricardo
então se aproxima dela.
Ricardo – Oi.... Quem
é você, qual o seu nome?
Sofia – Meu nome é
Sofia e hoje eu serei aquela que irá te auxiliar.
Ricardo – Me
auxiliar? Mas que lugar é esse?
Sofia – Esse é o
lugar onde todas as pessoas são julgadas, vocês humanos costumam chamar de
tribunal.
Ao ouvir Sofia,
Ricardo fica confuso.
Ricardo –
Tribunal? Então isso aqui é um tribunal?
Sofia – Sim.
Ricardo – E onde
estão o juiz, os advogados, os acusados, as testemunhas e tudo aquilo que tem
em um tribunal?
Sofia – Estão todos
aqui.
Ricardo – Estão? Mas
eu não vejo ninguém.
Quando Ricardo
termina de falar uma cadeira surge iluminada por uma luz, Sofia vai até a
cadeira e pede para Ricardo sentar.
Sofia – Sente-se
aqui...
Ricardo sem
entender vai até a cadeira e senta, mas muito confuso ele começa a questionar.
Ricardo – O que está
acontecendo? Eu morri e serei julgado é isso?
Sofia olha
para ele sem expressar nenhum sentimento e diz:
Sofia – Você não
morreu e você não será julgado hoje.
Ricardo – Então o que
vai acontecer aqui?
Sofia – Hoje você
será o juiz e decidirá quem deve ir para o céu e quem deve ir para o inferno!
Ricardo – Mas esse
não é o dever de Deus?
Sofia – Você diz
isso como nunca tivesse feito isso antes, você passou a vida julgando
praticamente tudo e todos; suas ações, suas motivações, sem se quer
conhece-los, você faz julgamentos instantâneos, só pela cor da pele, pela
roupa, pela linguagem corporal, de várias formas, você é um especialista para
julgar as pessoas com muita prática Ricardo.
Ricardo – Ok, então quer
dizer que eu irei julgar alguém?
Sofia – Sim. Esse é
o seu costume.
Ricardo – Eu não
entendo, quem eu irei julgar?
Sofia – Me diga
você? Quem você quer julgar?
Ricardo – As pessoas
ruins podem ser....
Sofia – As pessoas
ruins? E quem são essas pessoas?
Ricardo – Aqueles que
praticam coisas ruins, estupradores, assassinos, traficantes, ladrões, terroristas,
esses tipos de pessoas.
Sofia
– Ok! E quem você quer julgar primeiro?
Ricardo – Não sei.
Quem é que está ai para eu julgar?
Sofia – Todas as
pessoas, mas vamos começar então com esse rapaz.
Quando ela
termina de falar, aparece um homem.
Ricardo – Quem é esse
homem?
Sofia – Esse homem
se chama Pedro, ele é aquele homem que matou a Nathalia em um acidente de
transito após se embriagar e dirigir bêbado.
Ricardo ao
ouvir isso começa a ficar com raiva e revoltado, pois Nathalia era sua esposa
que morreu atropelada.
Sofia – Então qual
a sua sentença para esse homem?
Ricardo com
muita raiva se levanta da cadeira e grita:
Ricardo – Eu o
condeno para o fogo do inferno!!
Sofia – Você faz
isso parecer fácil.
Ricardo – Esse homem
merece sofrer eternamente.
Sofia – Você diz isso
só porque ele matou a Nathalia?
Ricardo – Sim! Ela
era a minha esposa, e só Deus sabe o que passei depois que eu perdi ela, depois
que esse infeliz tirou ela de mim.
Sofia – Mas e se
ele tiver se arrependido?
Ricardo – Eu não me
importo, eu quero que ele vá para o inferno.
Sofia olha
para Ricardo e quando ela olha, o Pedro some de onde estava. Ricardo volta a
sentar-se na cadeira, então ela se aproxima dele e fala.
Sofia – Ok; já vi
que você já pegou o jeito de juiz aqui, então vamos dá continuidade ao
tribunal.
Ricardo olha
para Sofia:
Ricardo – Quem mais
eu irei julgar?
Quando ele
termina de falar os três filhos de Ricardo aparecem.
Ricardo – O que isso
significa? Eu vou julgar os meus filhos é isso?
Sofia – Sim, já que
você teve tanta autoridade para julgar e condenar facilmente uma pessoa, agora
você fará o mesmo com os seus filhos, você irá escolher apenas um para salvar e
os outros dois você vai condenar para o inferno.
Ricardo – O que? Eu
não posso fazer... eu não posso fazer isso...
Sofia – Você deve
fazer isso agora! Vamos faça o seu julgamento!
Ricardo começa
a se entristecer e clama.
Ricardo – Não, por
favor, não me obrigue a fazer isso.
Sofia – Vamos, faça
logo.
Ricardo começa
a chorar.
Ricardo – Não eu não
quero.
Sofia – Mas você
tem que fazer. Olha, podemos começar com o Lucas, ele não é o filho mais
rebelde? Não foi ele que te desobedeceu fugindo de casa para ir às festinhas há
noite? Então. Você pode condenar ele.
Ricardo começa
a chorar mais ainda.
Ricardo – Não, por
favor!
Sofia – Ou então
você pode condenar a Thais, pois você sabe que ela tem um namorado escondido e
sempre que você fala com ela, ela te despreza.
Ricardo se
desespera se joga de joelhos no chão diante de Sofia e clama.
Ricardo – NÃO! EU NÃO
QUERO FAZER ISSO, NÃO ME OBRIGUE A FAZER ISSO, EU NÃO VOU FAZER ISSO.
Sofia olha
para o Ricardo no chão de joelhos chorando muito e clamando por seus filhos e
diz:
Sofia – Ricardo
você tem que fazer isso.
Ele então
começa a chorar mais e mais:
Ricardo – Não, por
favor, eu sei que eles são rebeldes que eles me desobedecem, mas eu os amo, me
leve no lugar deles, mas não permita que eles sejam condenados para o inferno.
Sofia percebe
que ele já tinha chegado ao ponto que precisava chegar, ela dá um leve sorriso
e diz.
Sofia – Ricardo,
você acabou de fazer o mais alto e sublime julgamento, você julgou os seus
filhos dignos de amor mesmo você sabendo que os seus filhos são desobedientes.
Você acabou de entender como Cristo julga as pessoas. Assim como você ama os
seus filhos e fez com que você quisesse ir para o inferno no lugar deles assim
Cristo nos amou.
Ricardo ouve
tudo o que Sofia diz, mas sua tristeza era tanta que ele não conseguia se
animar. Sofia se vira e começa a falar com o publico.
Sofia – É assim que
nós vivemos, condenamos as pessoas por ela fazer o que nós achamos ser errado,
e nós muitas das vezes tomamos o lugar de Deus condenando as pessoas. Mas somente
Deus tem esse poder de condenar as pessoas e mesmo assim ele ainda nos julgou
dignos de amor. Deus te amou tanto que para não te condenar para o inferno, Ele
enviou o seu único Filho, para nos salvar. Se Deus nos julga dignos de amor,
quem somos nós para condenar alguém ao inferno? Jesus sofreu tudo o que poderia
sofrer porque Ele te amou, Jesus suportou tudo o que suportou porque Ele te
amou, tudo o que Jesus fez Ele fez porque Ele te amou. Não seja o juiz das
almas, e não abandone esse amor que Jesus te entregou.
As luzes se
acenderão e a peça acaba.
Fim.
Escrita por: Elielton de
Lima Moura
Data: 07/03/2019
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